Caro
leitor, é com fortíssimas emoção e sinceridade que digo: finalmente, (alguma)
Justiça neste país!
No
passado dia 25 de Agosto, foi inaugurada, em Pinhel (Guarda), a sua Casa da
Cultura… que é, simultaneamente, o Museu José Manuel Soares – sobre o qual já
leu com certeza neste espaço (ou, pelo menos, o sonho de o ver concretizado).
Para
minha enorme infelicidade, não me encontrava no país nessa data, e ainda não
consegui deslocar-me ao local para conhecer (ao vivo) o Museu do meu querido e
amado Padrinho… na página do Facebook da Câmara Municipal de Pinhel, é possível
visualizar diversos vídeos e fotografias sobre esse dia – bem como na minha
página facebookiana (como é óbvio). E, pesquisando no Google: “Museu José
Manuel Soares”, também é possível encontrar diversas informações e material.
Mas deixo (novamente, pois já o fiz nos sites alusivos à Câmara em questão)
assumidíssimo o meu compromisso em, imediatamente no dia em que tenha
disponibilidade, visitar este Museu.
Vou
confessar-me, a si caro leitor: vieram-me as lágrimas aos olhos quando vi todo
o material que descobri (e, por isso, divulguei-o supra para o leitor poder
dar-lhe uma vista de olhos – merecida!), ao mesmo tempo que recordei os tempos
passados com o meu Padrinho. Finalmente Justiça, referi e reitero: pois a sua
obra enobrece Portugal!
Para
já, apenas um defeito a apontar – o qual tenho a esperança sincera de ver
corrigido dentro em breve (e ainda este ano): não existe qualquer referência
(horários, convite a visita, breve descrição, alguma imagem alusiva, entre
outras coisas) a este Museu (nem à Casa da Cultura de Pinhel em si, que é onde
se encontra o Museu) no site oficial da Câmara Municipal de Pinhel… quero
acreditar que foi por falta de tempo e/ou de lembrança – o tempo assim dirá.
Tenho o fortíssimo desejo de engolir este parágrafo dentro em breve!!! Para já, e para o tentar colmatar, aqui vai:
Para
finalizar, deixo aqui publicada a mensagem que dirigi hoje à Câmara Municipal
de Pinhel – que foi tão ou mais sentida que todos os contributos que deixei,
deixo e deixarei neste espaço de diálogo. Com um convite (e, por favor, não me
faça a desfeita caro leitor): visite o Museu José Manuel Soares ainda nesta
vida!
«Na
qualidade de afilhado dos artistas Mestre José Manuel Soares e Angela Soares
(Angela Vimonte de pseudónimo), sou extremamente suspeito para falar... mas, e
tentando criar imparcialidade, afirmo: viva Pinhel por fazer Justiça a tamanho
Artista, extremo patriota que tanto contribuiu para a Cultura portuguesa.
Conheço perfeitamente a sua obra, como é natural - retratou momentos
importantíssimos da História de Portugal, bem como daquilo a que pode chamar-se
os "pontos de interesse desaparecidos" (à semelhança do título da
obra de Marina Tavares Dias «Lisboa Desaparecida») de tantos locais do país
como Lisboa, Leiria, diversas terras do Alentejo e da região de Setúbal,
Monsanto... as profissões clássicas (como o pescador, as lavadeiras, entre
outras)... e a Natureza - aliás, foi nos finais da década de 90 que se dedicou
a estudar em pormenor a árvore característica da sua terra-natal - o sobreiro -
para vir a torná-la noutro ícone da sua obra artística. Por fim, as
ilustrações, as bandas desenhadas - a referente a Camões, por exemplo, que
chegou a expor na Fundação Calouste Gulbenkian há algumas décadas (era eu uma
criança, mas lembro-me perfeitamente... pois raramente perdia uma sua exposição
- de 1990 para cá, pois foi o ano do meu nascimento).
Mais
uma vez, a minha saudação de admiração a Pinhel por, finalmente,
"alguém" (neste caso, Pinhel) ter tido a coragem de fazer renascer do
(quase) esquecimento a obra do Mestre, e de comprometer-se a conservá-la e a
mantê-la como o próprio Mestre sempre quis e gostou: disponível para admiração
do público, em plena luz do dia, possível de ser apreciada/criticada/admirada
por todos os que a queiram ver.
Infelizmente,
por não me ter encontrado no país à data da inauguração, não me foi possível (e
com enorme e profunda tristeza) comparecer na inauguração do Museu... mas a
promessa da minha visita (e de mais visitas) fica assumida - não querendo saber
dos quilómetros (de Lisboa a Pinhel) que vou percorrer, pois o "pote de
ouro no fim do arco-íris" que será visitar o Museu dedicado a preservar a
obra e memória do meu Padrinho vai sempre satisfazer-me e transportar-me para o
seu mundo que sempre e tanto admirei.
Saudações
sincera e extremamente gratas, Pinhel!»
VIVA
PINHEL!
Fernando
Barbosa Ribeiro
P.S.:
deixei, numa das imagens, um link do Facebook… esse é a fonte das duas imagens
que aqui partilho – uma vez que não possuo quaisquer direitos sobre as mesmas
(são de um vídeo, adianto desde já).
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