"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

UM CASO DE POLÍCIA - por autor desconhecido


Partilho com os caros leitores uma excelente análise de autor desconhecido sobre as sondagens eleitorais realizadas pela Marktest.
Este contributo visa denunciar a fraude existente nas sondagens, e apoiar algo que tenho afirmado desde sempre (nunca o fiz neste espaço de diálogo até hoje - uma omissão gravíssima da minha parte!): as sondagens e os meios de comunicação social visam somente pré-eleger candidatos, apoiar os partidos maioritários e de direita, apoiar populistas, apoiar o neo-liberalismo, enfim auxiliar à construção da ponte para o regresso ao fascismo em Portugal.
As sondagens visam apenas desencorajar os mais indecisos e/ou os menos persistentes e lutadores por Abril a votarem no candidato certo / no partido político certo, e a manipular opiniões e sentidos de voto.
E este facto tem de ser combatido já - por Abril, por Portugal!

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"A Marktest realizou de 14 a 16 de Janeiro uma sondagem para o Diário Económico e TSF para analisar as intenções de voto nas eleições presidenciais do próximo domingo. Os resultados desta sondagem, que dá a Cavaco Silva uma folgada vitória à primeira volta, têm sido amplamente divulgados durante o dia de hoje por toda a comunicação social e foram até objecto de debates e fóruns em estações de rádio e televisão.


Ora vejamos a ficha técnica da pretensa sondagem:

1.O universo é a população com mais de 18 anos e que habita em residências com telefone fixo;

2.A amostra é constituída por um total de 802 inquiridos e foi estratificada por 6 grandes regiões:

2.1.Grande Lisboa 156 inquiridos (19,5% do total);
2.2.Grande Porto 88 inquiridos (11,0% do total);
2.3.Litoral Norte 155 inquiridos (19,3% do total);
2.4.Interior Norte 181 inquiridos (22,6% do total);
2.5.Litoral Centro 129 inquiridos (16,1% do total);
2.6.Sul, mesmo incluindo a Península de Setúbal, 93 inquiridos (11,6% do total).

3.Do total dos inquiridos 802, responderam a este inquérito 22,6%, ou seja 181 inquiridos. Destes 35,6% responderam não sabe/não responde, isto é, só 116 responderam efectivamente a este inquérito e mesmo dentro destes ouve alguns indecisos que foram distribuídos proporcionalmente aos que declaram sentido de voto.

Vejamos agora qual é, de acordo com os últimos dados do INE, a distribuição da população portuguesa pelas 6 grandes regiões, em que este inquérito foi estratificado:

•Na Grande Lisboa, reside 20% da população, no Grande Porto 12,7%, no Litoral Norte 20,1%, no Interior Norte 11,9%, no Litoral Centro 15,7% e no Sul 19,6%.

Em conclusão: a Marktest tendo por base a resposta de 100 inquiridos, foi este o nº avançado na TSF pelo Sr. Luís Queirós director da Marktest, e uma amostra que atribui aos residentes do Interior Norte um peso correspondente a quase ¼ da população do país, quando efectivamente o seu peso é de pouco mais do que 1/10 e atribuindo aos residentes na região Sul um peso de pouco mais de 1/10, quando o seu peso é de quase 1/5, conseguiu chegar aos brilhantes resultados que esta sondagem apresenta.

Com um pouco mais de esforço e esta sondagem ignorava a vontade dos cerca de 2 milhões de portugueses que residem a sul do País e atribuía aos residentes no Interior Norte, sempre tão esquecidos, um peso determinante no direito de decidir o sentido de voto de todos os portugueses.

Aquilo a que hoje assistimos, pelas suas possíveis implicações no sentido de voto de muitos portugueses, é um verdadeiro caso de polícia, que deveria obrigar as entidades responsáveis pelo acompanhamento destas pretensas sondagens a pura e simplesmente investigar aquilo que sucedeu e actuar, por forma a impedir que este tipo descarado de manipulações possa continuar a ser feito. Como se já não bastasse o silenciamento e deturpação, vêm agora empresas de sondagens que são autênticos burlões, procurar confundir e condicionar o sentido de voto de milhares e milhares de portugueses.

Lisboa, 19 de Janeiro de 2011"


Fernando Barbosa Ribeiro

O PERIGO DE VOTAR EM BRANCO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS


O caro leitor pode considerar-me um pouco contraditório e incoerente com este novo contributo... que não é mais do que uma cópia de um e-mail que recebi hoje (quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011). Mas sou da opinião de que, acima de tudo, deve prevalecer a honestidade e a verdade!
Confesso que desconhecia o quão prejudicial poderia ser (e é), somente em eleições presidenciais (tanto quanto fui informado), votar em branco. Pois a fim de tentar corrigir o erro e de esclarecer honesta e sinceramente o caro leitor, publico este e-mail como ratificação à minha ulterior publicação.

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"Assunto: Informação sobre eleições para a PR\perigo do voto em branco

Um esclarecimento oportuno



Cara(o)s amiga(o)s



Gostaria de chamar a vossa atenção para o problema do voto em branco,
nas eleições presidenciais.

Isto, porque para além de continuarem a correr e-mails defendendo o
voto em branco, como acto de protesto, começam a correr boatos
especulativos, que chegam ao ponto de pretenderem fazer crer que, nas
presidenciais, se deve votar nulo em vez de em branco, pois o nulo é
que conta!...

Em minha opinião, está-se a tentar explorar o facto de, nestas
eleições, o voto em branco ter exactamente o mesmo valor que o voto
nulo, isto é zero!

De facto, nas presidenciais, o voto em branco não é considerado
validamente expresso (como pode ver em
www.cne.pt/dl/legis_lepr_2005.pdf )!

Já nas eleições presidenciais de há cinco anos, teria havido uma
segunda volta se o voto em branco fosse considerado validamente
expresso (Cavaco Silva 2.773.431 votos; Manuel Alegre + Mário Soares +
Jerónimo de Sousa + Francisco Louça + Garcia Pereira + brancos =
2.773.552 votos).

Quem não quiser votar em nenhum dos candidatos, mas quiser contribuir
para uma segunda volta das eleições presidenciais, não pode votar em
branco (estará a anular o voto), não pode anular o voto, pois isso
terá o mesmo efeito da abstenção. Quem quiser, acima de tudo, forçar a
uma segunda volta, terá de votar num dos candidatos que não se
perfilarem como hipotéticos vencedores, à primeira volta.

Mesmo que não tenha muita vontade de o fazer, terá de votar num
candidato, seja ele qual for, desde que não seja o que aspira a ser
eleito à primeira volta...

Só assim, o seu voto poderá contribuir para que não haja 50 por cento
mais um dos votos validamente expressos, na primeira volta!

Se quer contribuir, não hesite!

Divulgue esta informação e vote válido!

Cordiais saudações

Vasco Lourenço



P.S. Já contactámos a Comissão Nacional de Eleições, mas ainda não
recebemos quaisquer informações, nem detectámos qualquer campanha
informativa sobre o assunto."



Fernando Barbosa Ribeiro

sábado, 15 de janeiro de 2011

AO VOTO ÀS URNAS



(texto originalmente publicado no blogue "Liberdade e Cidadania", no qual contribuo)

Eleição Presidencial

Não se deite fora uma das mais importantes conquistas de Abril: o direito e dever cívico ao voto!

De regresso a este espaço de diálogo e democrático, dedico este sincero contributo a uma análise sociológica e política, a propósito das eleições presidenciais que se aproximam.

No dia 23 de Janeiro, o povo português terá a oportunidade de expressar a sua indignação para com as políticas Capitalistas, Imperialistas, de direita, neo-liberalistas, e atentatórias aos valores de Abril e à verdadeira Democracia. Mas, analisando o campo de batalha, poucos expressam vontade em fazê-lo. E porquê? Porque “todos são iguais”. Se me for permitido, e sem quaisquer intenções de defender algum candidato em particular, nego-o. Nem todos são iguais. No mínimo, existem duas excepções: uma personalidade e um acto eleitoral. Adianto desde já que o acto eleitoral a que me refiro é o voto em branco – a única forma de protesto que existe, no campo eleitoral, para manifestar o seu descontentamento para com todos os candidatos sem excepção. Posta esta explicação (que já tinha formulado anteriormente neste mesmo espaço), não sou capaz de implorar (porque o meu feitio não me permite tal), mas peço que o caro leitor não se abstenha… a abstenção é a concordância, o conformismo, a aceitação de quem os outros elegerem. Com a abstenção, perde-se a legitimidade de protestar contra quem foi eleito… porque contribui-se, através deste acto, para a sua eleição. Aplaudo o país (seja o Governo, sejam os meios de comunicação social, sejam os cidadãos individualmente) no que respeita ao incentivo ao voto – isso é o correcto. Se fosse na Alemanha, cada abstencionista pagaria uma coima pesadíssima, entre outras medidas de coacção… não aprovo nem reprovo tal, pois divido-me. Aprovo pois combate a abstenção, mas reprovo porque comete-se um crime, tal como referi. O voto não deve ser coagido, mas sim de livre vontade e determinação de cada um. E ao contrário da “lei” que rege o método de Hundt (para o cálculo dos votos), cada voto tem a sua importância, um voto pode fazer a diferença! Nas eleições presidenciais, irei exercer um cargo nas mesas de voto do local onde cheguei a fazer parte das listas de candidatos à autarquia onde me encontro recenseado, em 2009… e desejo fortemente ver muitos votos, sejam eles quais forem (votos em branco ou votos nos diversos candidatos), só isso iria traduzir-se no sucesso dos sinceros contributos de tantos patriotas e democratas que apelam ao voto. O país agradecer-vos-á por isso, garanto-vos!

Quanto ao candidato-excepção, duvido que alguém desconheça quem apoio (principalmente porque recentemente apareci em todos os meios de comunicação social televisivos a apoiá-lo). Mas independentemente disso, sugiro que ponham à prova (passo a expressão) a vossa inteligência e memória. Cavaco Silva, enquanto Primeiro-Ministro e enquanto Presidente da República foi um autêntico desastre – disso já não há dúvidas (espero eu!). Para mais que soube-se, recentemente, que investiu em acções enquanto no BPN… sabe-se lá para quê… e com dinheiros do Estado. Ou seja: na minha opinião, quem vota nele, duvido que tenha as ideias bem assentes na terra. E mais recentemente, descobriu-se (e encontra-se disponível na Torre do Tombo) as suas folhas para a PIDE, a denunciar um parente e a demonstrar a sua fidelidade ao Estado Novo… verdadeiros democratas e patriotas não votam Cavaco Silva! Cabe analisar-se os restantes. No meu espaço pessoal (Abyssus Lusitanis – O Abismo de Portugal), já tive a oportunidade de analisar mais ostensivamente cada um deles, pelo que neste espaço irei tentar ser mais sucinto.

Fernando Nobre aprecia a chantagem emocional, invocando os militares de Abril como se estivesse a homenageá-los. Antes de mais, recordo que este candidato já exerceu cargos nos partidos centralistas (PS e PSD) – além de chantagista, mente (o que é ainda mais grave). E isto que acabo de afirmar pode ser facilmente provado, através de uma simples pesquisa no motor Google (foi como eu fiz). Excelente médico? Não tenho dúvidas. Mas como candidato a representante do nosso país, não me atrevo minimamente a pôr as minhas mãos no incêndio. Maior incoerente, é quase impossível – hoje diz que defende uma coisa, amanhã já diz que não defende essa mesma coisa e acusa de serem mentirosos aqueles que recordam tal facto.
Manuel Alegre é um excelente poeta (sem dúvidas nenhumas). Mas enquanto político é outro incoerente – enquanto deputado, foi contra Sócrates; há poucos dias, agora como candidato a Presidente da República, defendeu-o e apoiou-o. Mas é coerente numa coisa: foi (e duvido que não continue a ser) um apoiante da “maioria silenciosa” de Spínola, que tentou derrubar o processo revolucionário de Abril. Portanto, pode ser alegre, mas a mim não me dava alegria nenhuma que fosse eleito…
Defensor Moura… quem é ele? Outro do Partido “Socialista”. É escusado avançar com mais coisas… basta isso.
José Manuel Coelho, do PND, madeirense, que com o hastear da bandeira nazi no parlamento regional da Madeira demonstrou o que defende: o populismo. Além desta análise, pode-se dizer que foi, passo a expressão, “um coelho saído da cartola” para estas eleições – visto que até à aprovação da sua candidatura pelo Tribunal Constitucional nunca se tinha ouvido falar dele enquanto candidato às presidenciais. Actualmente, ouvem-se murmúrios e nada mais. Por mais boas intenções que tenha para o nosso país, tenho sérias dúvidas que tenha mais votos que os já conhecidos pelo próprio da Madeira.
Por fim, aquele em quem vou votar. Francisco Lopes, um homem que não era muito conhecido, deputado na Assembleia da República pelo Partido Comunista Português. Mas tudo tornou-se mais claro na campanha: de facto, não é falso quando se diz que votar Francisco Lopes é um voto patriota, de esquerda, e por um país melhor. Este sim apresenta propostas concretas, possíveis (para os poderes de um Presidente da República de Portugal), e sempre em defesa dos valores de Abril, da soberania nacional, do combate ao poder dos mercados financeiros sobre Portugal, em defesa da independência nacional (quem diria que voltaríamos, após 1640, a ter que falar nisto???), a favor da Reforma Agrária para impulsionar (ou melhor, ressuscitar!) a produção nacional. Por isto tudo, e muito mais, é o meu candidato.

Sugiro seriamente uma leitura – “O Analfabeto Político” de Bertold Brecht. Infelizmente, tudo o que este autor escreveu é actualíssimo, mas a este propósito sugiro esta leitura, seguida de uma profunda reflexão. Portugueses, não deixem de votar, não se abstenham. Hitler (para os adormecidos: o führer, o ditador alemão, o nazi) afirmou uma vez (e ficou escrito) o seguinte: “que sorte para os ditadores que os homens não pensem”. Portugal: demonstra que pensas, votando! E votando numa mudança, numa ruptura com estas políticas anti-Abril! Sim, a Revolução também se faz através do voto!


Fernando Barbosa Ribeiro
(liberdadeecidadania.blogspot.com)