"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Museu José Manuel Soares - FINALMENTE (ALGUMA) JUSTIÇA EM PORTUGAL!!!



Caro leitor, é com fortíssimas emoção e sinceridade que digo: finalmente, (alguma) Justiça neste país!

No passado dia 25 de Agosto, foi inaugurada, em Pinhel (Guarda), a sua Casa da Cultura… que é, simultaneamente, o Museu José Manuel Soares – sobre o qual já leu com certeza neste espaço (ou, pelo menos, o sonho de o ver concretizado).

Para minha enorme infelicidade, não me encontrava no país nessa data, e ainda não consegui deslocar-me ao local para conhecer (ao vivo) o Museu do meu querido e amado Padrinho… na página do Facebook da Câmara Municipal de Pinhel, é possível visualizar diversos vídeos e fotografias sobre esse dia – bem como na minha página facebookiana (como é óbvio). E, pesquisando no Google: “Museu José Manuel Soares”, também é possível encontrar diversas informações e material. Mas deixo (novamente, pois já o fiz nos sites alusivos à Câmara em questão) assumidíssimo o meu compromisso em, imediatamente no dia em que tenha disponibilidade, visitar este Museu.

Vou confessar-me, a si caro leitor: vieram-me as lágrimas aos olhos quando vi todo o material que descobri (e, por isso, divulguei-o supra para o leitor poder dar-lhe uma vista de olhos – merecida!), ao mesmo tempo que recordei os tempos passados com o meu Padrinho. Finalmente Justiça, referi e reitero: pois a sua obra enobrece Portugal!

Para já, apenas um defeito a apontar – o qual tenho a esperança sincera de ver corrigido dentro em breve (e ainda este ano): não existe qualquer referência (horários, convite a visita, breve descrição, alguma imagem alusiva, entre outras coisas) a este Museu (nem à Casa da Cultura de Pinhel em si, que é onde se encontra o Museu) no site oficial da Câmara Municipal de Pinhel… quero acreditar que foi por falta de tempo e/ou de lembrança – o tempo assim dirá. Tenho o fortíssimo desejo de engolir este parágrafo dentro em breve!!! Para já, e para o tentar colmatar, aqui vai:


Para finalizar, deixo aqui publicada a mensagem que dirigi hoje à Câmara Municipal de Pinhel – que foi tão ou mais sentida que todos os contributos que deixei, deixo e deixarei neste espaço de diálogo. Com um convite (e, por favor, não me faça a desfeita caro leitor): visite o Museu José Manuel Soares ainda nesta vida!


«Na qualidade de afilhado dos artistas Mestre José Manuel Soares e Angela Soares (Angela Vimonte de pseudónimo), sou extremamente suspeito para falar... mas, e tentando criar imparcialidade, afirmo: viva Pinhel por fazer Justiça a tamanho Artista, extremo patriota que tanto contribuiu para a Cultura portuguesa. Conheço perfeitamente a sua obra, como é natural - retratou momentos importantíssimos da História de Portugal, bem como daquilo a que pode chamar-se os "pontos de interesse desaparecidos" (à semelhança do título da obra de Marina Tavares Dias «Lisboa Desaparecida») de tantos locais do país como Lisboa, Leiria, diversas terras do Alentejo e da região de Setúbal, Monsanto... as profissões clássicas (como o pescador, as lavadeiras, entre outras)... e a Natureza - aliás, foi nos finais da década de 90 que se dedicou a estudar em pormenor a árvore característica da sua terra-natal - o sobreiro - para vir a torná-la noutro ícone da sua obra artística. Por fim, as ilustrações, as bandas desenhadas - a referente a Camões, por exemplo, que chegou a expor na Fundação Calouste Gulbenkian há algumas décadas (era eu uma criança, mas lembro-me perfeitamente... pois raramente perdia uma sua exposição - de 1990 para cá, pois foi o ano do meu nascimento).

Mais uma vez, a minha saudação de admiração a Pinhel por, finalmente, "alguém" (neste caso, Pinhel) ter tido a coragem de fazer renascer do (quase) esquecimento a obra do Mestre, e de comprometer-se a conservá-la e a mantê-la como o próprio Mestre sempre quis e gostou: disponível para admiração do público, em plena luz do dia, possível de ser apreciada/criticada/admirada por todos os que a queiram ver.

Infelizmente, por não me ter encontrado no país à data da inauguração, não me foi possível (e com enorme e profunda tristeza) comparecer na inauguração do Museu... mas a promessa da minha visita (e de mais visitas) fica assumida - não querendo saber dos quilómetros (de Lisboa a Pinhel) que vou percorrer, pois o "pote de ouro no fim do arco-íris" que será visitar o Museu dedicado a preservar a obra e memória do meu Padrinho vai sempre satisfazer-me e transportar-me para o seu mundo que sempre e tanto admirei.

Saudações sincera e extremamente gratas, Pinhel!»


VIVA PINHEL!

Fernando Barbosa Ribeiro



P.S.: deixei, numa das imagens, um link do Facebook… esse é a fonte das duas imagens que aqui partilho – uma vez que não possuo quaisquer direitos sobre as mesmas (são de um vídeo, adianto desde já).