"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ADITAMENTO/APENSO AO CONTRIBUTO "SOBRE AS ESCADAS MONUMENTAIS DE COIMBRA"


Tudo tornou-se claro ao escutarmos as palavras de um dos protestantes de Coimbra numa emissora de rádio. Caro leitor, tenho por regra ouvir e ler notícias a partir de várias fontes, tendo sempre como basilares a revista “O Militante” e o jornal “Avante!”… logo de manhã, antes de sair de casa, ouço e vejo o telejornal (maus hábitos!), e não sei que diga… nem o que senti. Foi transmitida uma entrevista (para uma emissora de rádio) a um dos que, durante o comício da CDU, protestou devido a este partido ter pintado as escadas monumentais conimbricenses. Resultado: as palavras dele não me chocaram. Mas deixaram-me com vergonha de sermos de gerações próximas (senão até da mesma – desconheço). As palavras desse protestante, um estudante de Coimbra cuja identidade desconhecemos, foram as seguintes: “o problema nem é o facto de terem pintado as monumentais; o problema é terem pintado um símbolo político, o que vai contra aquilo que os estudantes defendem” (sic).

Tudo explicado, clarinho como água: o problema deles não era a defesa do seu símbolo ou do seu “património”, como tantas vezes proferiram na manhã e na tarde daquele dia. O problema, só proferido à noite, foi o símbolo… recordo mais uma vez, para caso não queiram reler o contributo de início (este é só um aditamento, um apenso, ao contributo que o originou), que nessas mesmas escadas, construídas no tempo do fascismo em Portugal, ocorreram diversos movimentos estudantis… e políticos! Ainda muito recentemente houve protestos da AAC, além de campanhas da JS (juventude do PS) e da JSD (juventude do PSD/PPD) – e sobre isso, até hoje, nunca ouvi nada. Mas atenção, agora temos um girassol… e pior ainda: temos uma foice e um martelo (já agora: não se esqueçam da estrela). Pronto, lá vêm os malditos dos diabos vermelhos, dos bolcheviques, dos soviéticos, dos cubanos, dos coreanos, dos socialistas… em suma, e da forma mais reaccionária possível, dos comunas!... e agora cabe, na perfeição, a frase popular: “borrar a pintura toda”! Lá vêm os comunistas borrar a pintura toda...

Tentando falar com maior recurso ao cérebro do que fiz no final do parágrafo anterior (no qual recorri ao estado de espírito, aos sentimentos) – pois estas questões, e como bem saberá o caro leitor através dos meus sinceros contributos, geram em mim um profundo sentimento de revolta para com a cegueira-mental e surdez-cerebral de que o povo do meu/nosso país padece: verifica-se, uma vez mais, um ataque à afirmação da CDU enquanto força política. Já não basta o silenciamento nos meios de comunicação social, já não basta o branqueamento do fascismo (isto é: justificá-lo, legitimá-lo, descriminá-lo), já não basta a deturpação daquilo que são os verdadeiros valores de Abril e da Revolução dos Cravos, já não basta a ofensiva contra a Democracia. Os barões das políticas prosseguidas desde Novembro de 1975 e do I Governo Constitucional até hoje, todas elas (sem excepção!) levadas a cabo por PS, PSD/PPD e CDS/PP, querem vir a ilegalizar, tal como o era no tempo do fascismo, a CDU – mais concretamente, mas sem desfazer os restantes companheiros de coligação, o Partido Comunista Português. Isto é: querem fazer como em tantos países como a República Checa ou a Polónia, onde os comunistas são obrigados a viver na clandestinidade. Em suma, e falando muito genericamente, querem ilegalizar o 25 de Abril enquanto processo revolucionário de democratização/libertação de Portugal, ainda hoje em curso como não podia deixar de ser.

Tudo isto traduz-se numa única ideia, defendida pelos protestantes em Coimbra: pinturas comunistas são vandalizações; outras pinturas (e não só, como referi no contributo originário deste aditamento/apenso) são legítimas e bem-vindas. Que grande incongruência, heim?!

Ao contrário de muitos, eu não desisto. Não voto na CDU nem sou apoiante e militante activo para “tachos”, nem para ver se ganham as eleições. Voto na CDU por ser a única alternativa de ruptura e de mudança das políticas desastrosas de que Portugal tem sido alvo. Voto na CDU e sou apoiante e militante activo a fim de contribuir para o combate a todas as ofensivas imperialistas, capitalistas, fascistas, reaccionárias, de direita, que existam no nosso país. Não existem salvadores da pátria, nem nunca existiram; mas a CDU é a única e verdadeira solução para um Portugal com futuro!
Contra os protestantes de Coimbra, e subscrevendo as palavras de Jerónimo de Sousa no comício lá realizado, não me calo nem nunca me calarei – seja em liberdade, seja na clandestinidade. E igualmente contra eles, reprovo totalmente as atitudes preconceituosas e sectárias realizadas a propósito da pintura da escada monumental. Assim seja escrito, assim seja feito.

Fernando Barbosa Ribeiro

terça-feira, 24 de maio de 2011

SOBRE AS ESCADAS MONUMENTAIS DE COIMBRA


Tenho estado ausente devido a motivos profissionais, mas foi-me impossível continuar a fazer fosse o que fosse quando soube do “caso” das escadas monumentais de Coimbra - tenho que partilhar aquilo que penso. Bem sei que a minha militância torna-me suspeito em falar no assunto, mas no meu tempo (como já sou “velhinho”!) a opinião ainda era livre. Por isso, caro leitor, aqui fica o meu sincero contributo sobre este tema.

Ouvi e li muitos a protestarem contra a pintura realizada pela CDU no local em apreço, inclusive a citar legislação. Pergunto-me quem é o “brilhante” jurista que se lembrou de a citar, pois citou-a para nada. Passo a explicar: existe, efectivamente, uma lei respeitante à pintura de murais e colocação de cartazes, que cito em seguida. Segundo o número 4 do artigo 66º da Lei 14/79 de 16 de Maio, "Não é permitida a afixação de cartazes nem a realização de inscrições ou pinturas murais em monumentos nacionais, nos edifícios religiosos, nos edifícios sede de órgãos de soberania, de regiões autónomas ou do poder local, nos sinais de trânsito ou placas de sinalização rodoviária, no interior de quaisquer repartições ou edifícios públicos ou franqueados ao público, incluindo os estabelecimentos comerciais”. Após uma profunda análise, agora não jurídica, pergunto-me com franqueza em qual das situações se enquadram as escadas monumentais! Agora sim, não é um problema de interpretação da norma (que cabe ser realizada pelos juristas): é um problema de falta de cultura profunda e grave.

Penso que é pacífico – nunca estudei em Coimbra, mas desde há poucos anos que faço por visitá-la anualmente, não só pela paixão que nasceu em torno da cidade e (principalmente) do Mondego – que as escadas monumentais são como que um símbolo importante para os estudantes, e na minha sincera opinião não é apenas para estes. Ainda recordo com saudade o dia em que também a subi para visitar a Universidade de Coimbra (não só como turista mas também para conhecer aquela que foi a segunda escolha que fiz na candidatura a universidades públicas do país assim que completei o 12º ano de escolaridade), e lembro-me de ter reprovado toda a população da cidade por certos odores (que não eram de tinta!) que ali senti. Apesar disso tudo, e do nome popularmente (e tão somente a nível popular) atribuído, as escadas monumentais nunca foram nem são monumento em stricto sensu. Agora lamento é a falta de cultura histórico-geográfica da população de Coimbra – perdoem-me a frontalidade, que é merecida: abriram a boca e saiu asneira. E da grossa!

Além do exposto, é com profunda mágoa que confirmo, mais uma vez, a memória curta dos portugueses. A DG/AAC (Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra), em campanhas políticas estudantis (que não são menos importantes nem, em nada, diferentes das campanhas políticas “normais”), igualmente pintou as escadas monumentais – e não só, como podem ver nas imagens que pesquisei através do site Google e que aqui partilho a seguir. E essas realizaram-se há muito poucos anos. Mais: em quantas campanhas da JSD e JS já colocaram caminhos de placards e faixas, que obrigavam os estudantes (e outros transeuntes) a desviarem-se? Mas como é uma pintura que não afecta a mobilidade de ninguém, e da CDU, já há um gravíssimo problema… minha santa paciência! Tais protestos contra a CDU mereceram, inclusive, tempo de antena (e quiçá páginas de jornais…) nos media… que receberam todos os outros prevaricadores? Os que por lá urinam constantemente, os que deixam as escadas monumentais totalmente nojentas com vómitos e cervejas entornadas, ou as campanhas políticas, estudantis ou não, cometeram delitos que afectaram e afectam a população de Coimbra… mas a pintura da CDU, que não afecta ninguém, já foi um “acto de vandalismo”… Portugal, que rumo segues tu? Onde irás parar?
(fonte: Google)

Resumindo e concluindo, caro leitor: sei que serei alvo de inúmeras críticas (principalmente dos hipócritas e dos sectários, mas não só…) por defender o acto da CDU, e por reprovar viva e indignadamente os restantes actos praticados pelos demais. Mas como afirmei na introdução deste sincero contributo: no meu tempo, a opinião era livre.

O que Portugal está a praticar neste momento não é Democracia nem Justiça. Se assim fosse, teria havido protestos bem fortes a muitos, tal como enunciei acima. Estamos perante puras hipocrisia, sectarismo, discriminação, branqueamento, ocultação da verdade (isto é, mentira), desonestidade, pseudo-democracia e injustiça, quanto à atenção dada agora e que nunca foi dada anteriormente.

Fernando Barbosa Ribeiro

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sessão Pública «O 25 de Abril» - com Andrade da Silva (Capitão-de-Abril)


(maqueta e imagem da minha autoria - esta é uma reprodução do panfleto utilizado para a divulgação do evento na Freguesia dos Anjos, em Lisboa; o texto citado que se segue é igualmente da minha autoria, na divulgação do mesmo evento na rede social Facebook)

Participa, mobiliza e divulga!

"A Organização do PCP (Partido Comunista Português) da Freguesia dos Anjos convida-vos a participarem na sessão «O 25 de Abril», que decorrerá no CRA - Clube Recreativo dos Anjos (Rua dos Anjos, nº 17, 1º andar - próximo da Avenida Almirante Reis (nas proximidades do antigo Cinema Lis/Roxy), por cima da casa de artigos desportivos "Brazão"), na sexta-feira dia 12 de Maio de 2011, a partir das 21h00.

Como convidado, teremos o Capitão-de-Abril Andrade da Silva.

Conselho para deslocação: de transportes (o estacionamento é dificílimo).
Dica: sair na estação de metropolitano "Intendente" (linha verde), cuja saída fica pouco depois do fim da Rua dos Anjos (e, consequentemente, próximo do CRA).

Mapa (link do site Google):
http://maps.google.pt/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-PT&geocode&q=Rua+dos+Anjos+17+%E2%80%93+1150-033+LISBOA&aq&sll=38.723164%2C-9.135643&sspn=0.003976%2C0.009602&g=Rua+Anjos+17%2C1%C2%BA%2C+Lisboa+%E2%80%93+1150-033+LISBOA&ie=UTF8&hq&hnear=R.+dos+Anjos+17%2C+Lisboa&ll=38.72317%2C-9.135872&spn=0.003976%2C0.01369&z=17

Entrada livre.
Evento público.

Contacto (para qualquer assunto relativo à Freguesia ou ao presente evento): pcpfreguesiaanjos@gmail.com."

Igualmente disponibilizo-me a informar o caro leitor de qualquer assunto através do e-mail indicado no início do presente espaço de diálogo e debate livre e democrático (oabismodeportugal@sapo.pt), já que integro a Organização referida.
Fernando Barbosa Ribeiro