"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

quinta-feira, 27 de junho de 2013

APOIAR A GREVE GERAL É APOIAR ABRIL!



 

À semelhança de um sincero contributo que já tive a oportunidade de partilhar convosco, o (Des)Governo de Passos Coelho é CRIMINOSO – o caro leitor pode (re)ler os meus motivos nesse contributo. Daí não poder deixar de partilhar aqui a nova manifestação dos Reformados no Parlamento – tendo estes virado as costas a Passos Coelho e começado a cantar, de novo, “Grândola, Vila Morena”, hino da Liberdade, do Patriotismo, da Democracia e da verdadeira Esquerda dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, dos intelectuais… enfim, do que em bom português é o Proletariado.
Hoje é dia de Greve Geral, a 4ª deste (Des)Governo. E apelo, assim, à Luta de todos e por todos!
A Greve é a forma mais solene de manifestação do nosso descontentamento, prevista quer na Lei Fundamental (ou Constituição da República Portuguesa), quer no Código do Trabalho (vá lá, as sucessivas e esquizofrénicas reformas a este diploma legal ainda não aboliram o direito à greve!). Só não adere aqueles que não concordarem com as motivações da greve.

Essencialmente, a Greve Geral de hoje encontra o seu fundamento nos sucessivos roubos (e não furtos devido à EXPLÍCITA violência com que o Governo de Passos Coelho os pratica – através dos meios mais “legalmente admissíveis e toleráveis”) ao povo português, não apenas nos seus salários, subsídios e pensões, mas sim, também, aos seus direitos em geral.

Não posso deixar de me rir (de tristeza, adiante-se) com o comentário da Presidente da Assembleia, quando, no vídeo supra, refere que a manifestação gestual de virar as costas ao Primeiro-Ministro não ajuda à Democracia… antes pelo contrário, são as políticas desse “senhor” que vão contra a Democracia, contra a (mínima) possibilidade de sobrevivência do povo (e da própria Pólis, isto é, da sociedade por ele gerida – neste caso, Portugal), e são “pinsamentos” (como cantaria a fadista Hermínia Silva) como os desta Presidente que contribuem para um movimento reaccionário, contra-revolucionário e anti-democrático, de apologia ao Fascismo.

Outra enorme ironia (pelos vistos, ainda não passou de moda) é o facto de todos os membros do Governo, como bons lobos ou raposas com pele de cordeiro no meio do rebanho para caçar as ovelhas e terem repasto, ainda portam a bandeira nacional na lapela dos seus fatos… admira-me que ainda não se encontre nenhuma virada de pernas para o ar, ou que nenhuma tenha sido substituída por uma outra que continha, aquilo a que se chamava na época, uma “aranha negra”. A da pseudo-União Europeia já temos, só falta essa, ou a que Napoleão portava nas suas invasões – pois a União Europeia encontra-se, efectivamente, a prosseguir com os trabalhos, respectivamente, de Hitler e Mussolini, e de Napoleão.

Por fim, falemos de coisas “mais sérias” (como se tudo o já aqui afirmado não fosse sério): está provado, em estudos económicos ontem apresentados na RTP, que o Euro (ou “a moeda única”) encontra-se a empurrar os países para o desastre económico-financeiro – a começar pela França, que foi o exemplo mais badalado nessa apresentação televisiva. Nada mais, nada menos, que A SEGUNDA MAIOR ECONOMIA DA EUROPA (pelo menos foi assim que se referiram à França) encontra-se à beira do abismo. Caro leitor: este blogue e espaço de diálogo, discussão e reflexão democráticos, se bem que originariamente em latim, tem um nome sugestivo e intencional por mim atribuído enquanto seu fundador: “O Abismo de Portugal”. Atrevo-me a repensar na escolha que fiz e a alterá-lo para “O Abismo do Capitalismo” (e não, como o caro leitor poderia ter pensado, “O Abismo da Europa”). Pois todo o mundo está nesse abismo, que só tem um responsável com um nome bem claro e conhecido: Capitalismo. Recomendo, a nível da Europa, e que se encontram disponíveis ao público pelas Edições “Avante!”, que o caro leitor leia (que é fácil e rápido de ler, juro-lhe!) os diversos estudos realizados por membros do Partido Comunista Português desde há décadas (não sei precisar se é desde a década de 80 ou se não é, até, anterior a tal) sobre os perigos de aderir a moedas e/ou mercados únicos (ou seja, respectivamente, a aderir ao Euro e à então CEE, hoje União Europeia) – encontram-se todos actualizadíssimos, com enorme explicitação e clareza para o mais ignorante sobre as matérias economicistas, e todas as previsões encontram-se em concretização gradual. E para complementar, leiam-se os estudos (disponíveis na internet) do economista (também do Partido Comunista Português – quem diria?!) Eugénio Rosa, que merecem a maior atenção e o nosso aplauso enquanto seus leitores.

O 25 de Abril não se recebeu como dádiva divina: conquistou-se e obrigou à prossecução de muitas (literalmente inúmeras) Lutas para ser conquistado. Não deixemos mais que nos seja retirado por aqueles que prometem com figas atrás das costas e lágrimas de crocodilo – coloquemos no poder quem nunca nos traiu, quem sempre esteve para e pelo País! E isso não se faz com não-adesão à Greve (seja qual for o motivo – e sim, é falso que possa ser despedido por adesão a uma greve!), com não-adesão às lutas de massas, com abstenções (eleitorais ou não), com conformismos. Faz-se com LUTA!

25 DE ABRIL SEMPRE!!!

Fernando Barbosa Ribeiro

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