À
semelhança de um sincero contributo que já tive a oportunidade de partilhar
convosco, o (Des)Governo de Passos Coelho é CRIMINOSO – o caro leitor pode (re)ler
os meus motivos nesse contributo. Daí não poder deixar de partilhar aqui a nova
manifestação dos Reformados no Parlamento – tendo estes virado as costas a
Passos Coelho e começado a cantar, de novo, “Grândola, Vila Morena”, hino da
Liberdade, do Patriotismo, da Democracia e da verdadeira Esquerda dos
trabalhadores, dos reformados e pensionistas, dos intelectuais… enfim, do que em
bom português é o Proletariado.
Hoje
é dia de Greve Geral, a 4ª deste (Des)Governo. E apelo, assim, à Luta de todos
e por todos!
A
Greve é a forma mais solene de manifestação do nosso descontentamento, prevista
quer na Lei Fundamental (ou Constituição da República Portuguesa), quer no
Código do Trabalho (vá lá, as sucessivas e esquizofrénicas reformas a este
diploma legal ainda não aboliram o direito à greve!). Só não adere aqueles que
não concordarem com as motivações da greve.
Essencialmente,
a Greve Geral de hoje encontra o seu fundamento nos sucessivos roubos (e não
furtos devido à EXPLÍCITA violência com que o Governo de Passos Coelho os
pratica – através dos meios mais “legalmente admissíveis e toleráveis”) ao povo
português, não apenas nos seus salários, subsídios e pensões, mas sim, também,
aos seus direitos em geral.
Não
posso deixar de me rir (de tristeza, adiante-se) com o comentário da Presidente
da Assembleia, quando, no vídeo supra, refere que a manifestação gestual de
virar as costas ao Primeiro-Ministro não ajuda à Democracia… antes pelo
contrário, são as políticas desse “senhor” que vão contra a Democracia, contra
a (mínima) possibilidade de sobrevivência do povo (e da própria Pólis, isto é, da sociedade por ele
gerida – neste caso, Portugal), e são “pinsamentos” (como cantaria a fadista
Hermínia Silva) como os desta Presidente que contribuem para um movimento
reaccionário, contra-revolucionário e anti-democrático, de apologia ao
Fascismo.
Outra
enorme ironia (pelos vistos, ainda não passou de moda) é o facto de todos os
membros do Governo, como bons lobos ou raposas com pele de cordeiro no meio do
rebanho para caçar as ovelhas e terem repasto, ainda portam a bandeira nacional
na lapela dos seus fatos… admira-me que ainda não se encontre nenhuma virada de
pernas para o ar, ou que nenhuma tenha sido substituída por uma outra que
continha, aquilo a que se chamava na época, uma “aranha negra”. A da
pseudo-União Europeia já temos, só falta essa, ou a que Napoleão portava nas
suas invasões – pois a União Europeia encontra-se, efectivamente, a prosseguir
com os trabalhos, respectivamente, de Hitler e Mussolini, e de Napoleão.
Por
fim, falemos de coisas “mais sérias” (como se tudo o já aqui afirmado não fosse
sério): está provado, em estudos económicos ontem apresentados na RTP, que o
Euro (ou “a moeda única”) encontra-se a empurrar os países para o desastre económico-financeiro
– a começar pela França, que foi o exemplo mais badalado nessa apresentação
televisiva. Nada mais, nada menos, que A SEGUNDA MAIOR ECONOMIA DA EUROPA (pelo
menos foi assim que se referiram à França) encontra-se à beira do abismo. Caro
leitor: este blogue e espaço de diálogo, discussão e reflexão democráticos, se
bem que originariamente em latim, tem um nome sugestivo e intencional por mim
atribuído enquanto seu fundador: “O Abismo de Portugal”. Atrevo-me a repensar
na escolha que fiz e a alterá-lo para “O Abismo do Capitalismo” (e não, como o
caro leitor poderia ter pensado, “O Abismo da Europa”). Pois todo o mundo está
nesse abismo, que só tem um responsável com um nome bem claro e conhecido:
Capitalismo. Recomendo, a nível da Europa, e que se encontram disponíveis ao
público pelas Edições “Avante!”, que o caro leitor leia (que é fácil e rápido
de ler, juro-lhe!) os diversos estudos realizados por membros do Partido
Comunista Português desde há décadas (não sei precisar se é desde a década de
80 ou se não é, até, anterior a tal) sobre os perigos de aderir a moedas e/ou
mercados únicos (ou seja, respectivamente, a aderir ao Euro e à então CEE, hoje
União Europeia) – encontram-se todos actualizadíssimos, com enorme explicitação
e clareza para o mais ignorante sobre as matérias economicistas, e todas as
previsões encontram-se em concretização gradual. E para complementar, leiam-se
os estudos (disponíveis na internet) do economista (também do Partido Comunista
Português – quem diria?!) Eugénio Rosa, que merecem a maior atenção e o nosso
aplauso enquanto seus leitores.
O
25 de Abril não se recebeu como dádiva divina: conquistou-se e obrigou à
prossecução de muitas (literalmente inúmeras) Lutas para ser conquistado. Não
deixemos mais que nos seja retirado por aqueles que prometem com figas atrás
das costas e lágrimas de crocodilo – coloquemos no poder quem nunca nos traiu,
quem sempre esteve para e pelo País! E isso não se faz com não-adesão à Greve
(seja qual for o motivo – e sim, é falso que possa ser despedido por adesão a
uma greve!), com não-adesão às lutas de massas, com abstenções (eleitorais ou
não), com conformismos. Faz-se com LUTA!
25
DE ABRIL SEMPRE!!!
Fernando
Barbosa Ribeiro
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