Recentemente, não pôde escapar-me (talvez mais que qualquer outra notícia) o facto de o Primeiro-Ministro português, que se dá pelo nome de Pedro Passos Coelho, ter cognominado o povo português enquanto “piegas”.
Caro leitor, não resisti à vontade de pesquisar… e muito menos resisto à vontade de partilhar tal pesquisa. Etimologicamente, “piegas” significa: que ou quem é ridiculamente sentimental; que ou o quem se embaraça com pequenas coisas (fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Perante isto, cabe interrogar se o senhor Pedro Passos Coelho alguma vez estudou, ou se por ventura alguma vez aprendeu a ler. Pois utilizou uma palavra que não tem sentido perante a realidade social, económica, financeira e política de Portugal. Os “piegas” (subentenda-se: os portugueses) não são ridiculamente sentimentais, nem se embaraçam com pequenas coisas: reivindicam que não lhes sejam roubadas as conquistas da Revolução de Abril, exigem que a Constituição da República Portuguesa seja respeitada – principalmente no que diz respeito ao direito a uma vida condigna, ao trabalho, à Educação, à Saúde… e parece-me premente já referir um outro que se encontra a ser (progressiva e lentamente) violado: o da liberdade (na sua total abrangência).
Mais nos indica que o senhor Pedro Passos Coelho deve padecer de incultura (duvido que seja somente ignorância...): a utilização constante da célebre frase/máxima hitleriana "custe o que custar"... só falta dizer que tal é "a bem da nação" (frase/máxima de António de Oliveira Salazar)!... Pois "custe o que custar" custou milhões de vidas ao mundo, e "a bem da nação" deu prejuízo igualmente grave e um outro que foi o atraso civilizacional do país.
O caro leitor sabe, eu não tenho muitos anos de vida (nascido em 1990, como pode consultar neste mesmo espaço de diálogo). Mas já começa a ser caso de afirmar o seguinte: “eu ainda sou do tempo” em que defender os seus direitos é por si mesmo um direito e um dever de cidadania e de patriotismo. “Eu ainda sou do tempo” em que a História de Portugal tinha um capítulo referente a um fascismo (intitulado de “Estado Novo”, caracterizado por ser uma ditadura militar) que durou mais de 40 anos e um outro capítulo referente a uma revolução (a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974) que pôs fim a esse período fascista. “Eu ainda sou do tempo” em que os (des)governantes podiam ser hipócritas até ao tutano… mas, ainda assim, mantinham algum respeito pelos seus eleitores. O senhor Pedro Passos Coelho faltou totalmente ao respeito ao povo português ao atribuir-lhe o cognome de “piegas”.
E vem a propósito referir mais: há poucos dias, foi publicada uma notícia que referia ter aumentado 5670 milhões de euros desde a intervenção da Troika a dívida portuguesa. Eu não gosto que me vendam gato por lebre (passo a expressão), ou neste caso, “Troika por Coelho”… porque quem aceder (é público, e já cheguei a lê-las) às ordens da Troika compreende perfeitamente que já foi feito mais e pior do que aquela impunha.
Cabe perguntar novamente (infelizmente, tenho de ser repetitivo, até que finalmente seja ouvido): quem é a Troika (isto é: a União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI) para mandar em Portugal? Reformulo: quem lhe deu a legitimidade para mandar em Portugal? “Eu ainda sou do tempo” em que só governava em Portugal quem fosse (bem ou mal) eleito pelo povo português, e só podia ser candidato (e, posteriormente, eleito) quem preenchesse os requisitos constitucionalmente exigidos. Eu não tive conhecimento de eleições antecipadas, nas quais a Troika fosse candidata!... E posso desde já adiantar, o meu voto nunca iria para a Troika!!
Encontramo-nos pior do que no tempo do fascismo. Apesar de há meses o discurso do senhor Pedro Passos Coelho ter sido, sem tirar nem pôr, igual ao discurso do ditador Marcello Caetano (em caso de dúvida, veja-se a imagem que se segue, da primeira página do Diário de Lisboa, e compare-se com as notícias mais ou menos recentes sobre o estado de Portugal e consequentes discursos do senhor Pedro Passos Coelho).
Por isso, reafirmo a urgência de lutarmos por Portugal. Os direitos conquistam-se, e a Revolução de Abril veio provar isso mesmo!
Portanto, é meu dever e direito apelar a que o caro leitor junte-se à força da razão, à força que nunca traiu o povo nem o país. Unidos somos mais fortes e venceremos!
Dia 11 de Fevereiro, junte-se à Grande Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN, com o apoio do Partido Comunista Português. Façamos do Terreiro do Paço o Terreiro do Povo… perdão, o Terreiro dos “Piegas”!...
Pois as manifestações, greves e demais formas de lutas são as mais solenes formas de o povo reivindicar os seus direitos e de expressar o seu descontentamento contra os eleitos (des)governantes. É totalmente calunioso quem afirma (e/ou pensa) que não produzem efeito, que não serve para nada, manifestarmo-nos e fazermos greves – essa é a forma mais solene e plena de nos afirmarmos!
Eu não faltarei a essa manifestação. Vou ser um dos milhares que irá esfregar na cara (passo a expressão) do senhor Pedro Passos Coelho quem é que é “piegas”. Vou mostrar-lhe que sou patriota, e que defendo o povo do nosso país até ao fim. Vou mostrar-lhe que ainda há quem respire Abril!
Caro leitor, não resisti à vontade de pesquisar… e muito menos resisto à vontade de partilhar tal pesquisa. Etimologicamente, “piegas” significa: que ou quem é ridiculamente sentimental; que ou o quem se embaraça com pequenas coisas (fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Perante isto, cabe interrogar se o senhor Pedro Passos Coelho alguma vez estudou, ou se por ventura alguma vez aprendeu a ler. Pois utilizou uma palavra que não tem sentido perante a realidade social, económica, financeira e política de Portugal. Os “piegas” (subentenda-se: os portugueses) não são ridiculamente sentimentais, nem se embaraçam com pequenas coisas: reivindicam que não lhes sejam roubadas as conquistas da Revolução de Abril, exigem que a Constituição da República Portuguesa seja respeitada – principalmente no que diz respeito ao direito a uma vida condigna, ao trabalho, à Educação, à Saúde… e parece-me premente já referir um outro que se encontra a ser (progressiva e lentamente) violado: o da liberdade (na sua total abrangência).
Mais nos indica que o senhor Pedro Passos Coelho deve padecer de incultura (duvido que seja somente ignorância...): a utilização constante da célebre frase/máxima hitleriana "custe o que custar"... só falta dizer que tal é "a bem da nação" (frase/máxima de António de Oliveira Salazar)!... Pois "custe o que custar" custou milhões de vidas ao mundo, e "a bem da nação" deu prejuízo igualmente grave e um outro que foi o atraso civilizacional do país.
O caro leitor sabe, eu não tenho muitos anos de vida (nascido em 1990, como pode consultar neste mesmo espaço de diálogo). Mas já começa a ser caso de afirmar o seguinte: “eu ainda sou do tempo” em que defender os seus direitos é por si mesmo um direito e um dever de cidadania e de patriotismo. “Eu ainda sou do tempo” em que a História de Portugal tinha um capítulo referente a um fascismo (intitulado de “Estado Novo”, caracterizado por ser uma ditadura militar) que durou mais de 40 anos e um outro capítulo referente a uma revolução (a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974) que pôs fim a esse período fascista. “Eu ainda sou do tempo” em que os (des)governantes podiam ser hipócritas até ao tutano… mas, ainda assim, mantinham algum respeito pelos seus eleitores. O senhor Pedro Passos Coelho faltou totalmente ao respeito ao povo português ao atribuir-lhe o cognome de “piegas”.
E vem a propósito referir mais: há poucos dias, foi publicada uma notícia que referia ter aumentado 5670 milhões de euros desde a intervenção da Troika a dívida portuguesa. Eu não gosto que me vendam gato por lebre (passo a expressão), ou neste caso, “Troika por Coelho”… porque quem aceder (é público, e já cheguei a lê-las) às ordens da Troika compreende perfeitamente que já foi feito mais e pior do que aquela impunha.
Cabe perguntar novamente (infelizmente, tenho de ser repetitivo, até que finalmente seja ouvido): quem é a Troika (isto é: a União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI) para mandar em Portugal? Reformulo: quem lhe deu a legitimidade para mandar em Portugal? “Eu ainda sou do tempo” em que só governava em Portugal quem fosse (bem ou mal) eleito pelo povo português, e só podia ser candidato (e, posteriormente, eleito) quem preenchesse os requisitos constitucionalmente exigidos. Eu não tive conhecimento de eleições antecipadas, nas quais a Troika fosse candidata!... E posso desde já adiantar, o meu voto nunca iria para a Troika!!
Encontramo-nos pior do que no tempo do fascismo. Apesar de há meses o discurso do senhor Pedro Passos Coelho ter sido, sem tirar nem pôr, igual ao discurso do ditador Marcello Caetano (em caso de dúvida, veja-se a imagem que se segue, da primeira página do Diário de Lisboa, e compare-se com as notícias mais ou menos recentes sobre o estado de Portugal e consequentes discursos do senhor Pedro Passos Coelho).
(fonte: Google)
Por isso, reafirmo a urgência de lutarmos por Portugal. Os direitos conquistam-se, e a Revolução de Abril veio provar isso mesmo!
Portanto, é meu dever e direito apelar a que o caro leitor junte-se à força da razão, à força que nunca traiu o povo nem o país. Unidos somos mais fortes e venceremos!
Dia 11 de Fevereiro, junte-se à Grande Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN, com o apoio do Partido Comunista Português. Façamos do Terreiro do Paço o Terreiro do Povo… perdão, o Terreiro dos “Piegas”!...
Pois as manifestações, greves e demais formas de lutas são as mais solenes formas de o povo reivindicar os seus direitos e de expressar o seu descontentamento contra os eleitos (des)governantes. É totalmente calunioso quem afirma (e/ou pensa) que não produzem efeito, que não serve para nada, manifestarmo-nos e fazermos greves – essa é a forma mais solene e plena de nos afirmarmos!
Eu não faltarei a essa manifestação. Vou ser um dos milhares que irá esfregar na cara (passo a expressão) do senhor Pedro Passos Coelho quem é que é “piegas”. Vou mostrar-lhe que sou patriota, e que defendo o povo do nosso país até ao fim. Vou mostrar-lhe que ainda há quem respire Abril!
Fernando Barbosa Ribeiro
Longo, como sempre, mas muito bom texto! Apela à razão mas, também, ao coração...
ResponderEliminarAntes de mais, fico muito grato pela leitura e comentário a este sincero contributo.
EliminarSubscrevo inteiramente (apesar de eu ser suspeito), além de se apelar à razão, apela-se ao coração.
Um enorme e fraterno abraço amigo!
Fernando Barbosa Ribeiro