Tudo tornou-se claro ao escutarmos as palavras de um dos protestantes de Coimbra numa emissora de rádio. Caro leitor, tenho por regra ouvir e ler notícias a partir de várias fontes, tendo sempre como basilares a revista “O Militante” e o jornal “Avante!”… logo de manhã, antes de sair de casa, ouço e vejo o telejornal (maus hábitos!), e não sei que diga… nem o que senti. Foi transmitida uma entrevista (para uma emissora de rádio) a um dos que, durante o comício da CDU, protestou devido a este partido ter pintado as escadas monumentais conimbricenses. Resultado: as palavras dele não me chocaram. Mas deixaram-me com vergonha de sermos de gerações próximas (senão até da mesma – desconheço). As palavras desse protestante, um estudante de Coimbra cuja identidade desconhecemos, foram as seguintes: “o problema nem é o facto de terem pintado as monumentais; o problema é terem pintado um símbolo político, o que vai contra aquilo que os estudantes defendem” (sic).
Tudo explicado, clarinho como água: o problema deles não era a defesa do seu símbolo ou do seu “património”, como tantas vezes proferiram na manhã e na tarde daquele dia. O problema, só proferido à noite, foi o símbolo… recordo mais uma vez, para caso não queiram reler o contributo de início (este é só um aditamento, um apenso, ao contributo que o originou), que nessas mesmas escadas, construídas no tempo do fascismo em Portugal, ocorreram diversos movimentos estudantis… e políticos! Ainda muito recentemente houve protestos da AAC, além de campanhas da JS (juventude do PS) e da JSD (juventude do PSD/PPD) – e sobre isso, até hoje, nunca ouvi nada. Mas atenção, agora temos um girassol… e pior ainda: temos uma foice e um martelo (já agora: não se esqueçam da estrela). Pronto, lá vêm os malditos dos diabos vermelhos, dos bolcheviques, dos soviéticos, dos cubanos, dos coreanos, dos socialistas… em suma, e da forma mais reaccionária possível, dos comunas!... e agora cabe, na perfeição, a frase popular: “borrar a pintura toda”! Lá vêm os comunistas borrar a pintura toda...
Tentando falar com maior recurso ao cérebro do que fiz no final do parágrafo anterior (no qual recorri ao estado de espírito, aos sentimentos) – pois estas questões, e como bem saberá o caro leitor através dos meus sinceros contributos, geram em mim um profundo sentimento de revolta para com a cegueira-mental e surdez-cerebral de que o povo do meu/nosso país padece: verifica-se, uma vez mais, um ataque à afirmação da CDU enquanto força política. Já não basta o silenciamento nos meios de comunicação social, já não basta o branqueamento do fascismo (isto é: justificá-lo, legitimá-lo, descriminá-lo), já não basta a deturpação daquilo que são os verdadeiros valores de Abril e da Revolução dos Cravos, já não basta a ofensiva contra a Democracia. Os barões das políticas prosseguidas desde Novembro de 1975 e do I Governo Constitucional até hoje, todas elas (sem excepção!) levadas a cabo por PS, PSD/PPD e CDS/PP, querem vir a ilegalizar, tal como o era no tempo do fascismo, a CDU – mais concretamente, mas sem desfazer os restantes companheiros de coligação, o Partido Comunista Português. Isto é: querem fazer como em tantos países como a República Checa ou a Polónia, onde os comunistas são obrigados a viver na clandestinidade. Em suma, e falando muito genericamente, querem ilegalizar o 25 de Abril enquanto processo revolucionário de democratização/libertação de Portugal, ainda hoje em curso como não podia deixar de ser.
Tudo isto traduz-se numa única ideia, defendida pelos protestantes em Coimbra: pinturas comunistas são vandalizações; outras pinturas (e não só, como referi no contributo originário deste aditamento/apenso) são legítimas e bem-vindas. Que grande incongruência, heim?!
Ao contrário de muitos, eu não desisto. Não voto na CDU nem sou apoiante e militante activo para “tachos”, nem para ver se ganham as eleições. Voto na CDU por ser a única alternativa de ruptura e de mudança das políticas desastrosas de que Portugal tem sido alvo. Voto na CDU e sou apoiante e militante activo a fim de contribuir para o combate a todas as ofensivas imperialistas, capitalistas, fascistas, reaccionárias, de direita, que existam no nosso país. Não existem salvadores da pátria, nem nunca existiram; mas a CDU é a única e verdadeira solução para um Portugal com futuro!
Contra os protestantes de Coimbra, e subscrevendo as palavras de Jerónimo de Sousa no comício lá realizado, não me calo nem nunca me calarei – seja em liberdade, seja na clandestinidade. E igualmente contra eles, reprovo totalmente as atitudes preconceituosas e sectárias realizadas a propósito da pintura da escada monumental. Assim seja escrito, assim seja feito.
Tudo explicado, clarinho como água: o problema deles não era a defesa do seu símbolo ou do seu “património”, como tantas vezes proferiram na manhã e na tarde daquele dia. O problema, só proferido à noite, foi o símbolo… recordo mais uma vez, para caso não queiram reler o contributo de início (este é só um aditamento, um apenso, ao contributo que o originou), que nessas mesmas escadas, construídas no tempo do fascismo em Portugal, ocorreram diversos movimentos estudantis… e políticos! Ainda muito recentemente houve protestos da AAC, além de campanhas da JS (juventude do PS) e da JSD (juventude do PSD/PPD) – e sobre isso, até hoje, nunca ouvi nada. Mas atenção, agora temos um girassol… e pior ainda: temos uma foice e um martelo (já agora: não se esqueçam da estrela). Pronto, lá vêm os malditos dos diabos vermelhos, dos bolcheviques, dos soviéticos, dos cubanos, dos coreanos, dos socialistas… em suma, e da forma mais reaccionária possível, dos comunas!... e agora cabe, na perfeição, a frase popular: “borrar a pintura toda”! Lá vêm os comunistas borrar a pintura toda...
Tentando falar com maior recurso ao cérebro do que fiz no final do parágrafo anterior (no qual recorri ao estado de espírito, aos sentimentos) – pois estas questões, e como bem saberá o caro leitor através dos meus sinceros contributos, geram em mim um profundo sentimento de revolta para com a cegueira-mental e surdez-cerebral de que o povo do meu/nosso país padece: verifica-se, uma vez mais, um ataque à afirmação da CDU enquanto força política. Já não basta o silenciamento nos meios de comunicação social, já não basta o branqueamento do fascismo (isto é: justificá-lo, legitimá-lo, descriminá-lo), já não basta a deturpação daquilo que são os verdadeiros valores de Abril e da Revolução dos Cravos, já não basta a ofensiva contra a Democracia. Os barões das políticas prosseguidas desde Novembro de 1975 e do I Governo Constitucional até hoje, todas elas (sem excepção!) levadas a cabo por PS, PSD/PPD e CDS/PP, querem vir a ilegalizar, tal como o era no tempo do fascismo, a CDU – mais concretamente, mas sem desfazer os restantes companheiros de coligação, o Partido Comunista Português. Isto é: querem fazer como em tantos países como a República Checa ou a Polónia, onde os comunistas são obrigados a viver na clandestinidade. Em suma, e falando muito genericamente, querem ilegalizar o 25 de Abril enquanto processo revolucionário de democratização/libertação de Portugal, ainda hoje em curso como não podia deixar de ser.
Tudo isto traduz-se numa única ideia, defendida pelos protestantes em Coimbra: pinturas comunistas são vandalizações; outras pinturas (e não só, como referi no contributo originário deste aditamento/apenso) são legítimas e bem-vindas. Que grande incongruência, heim?!
Ao contrário de muitos, eu não desisto. Não voto na CDU nem sou apoiante e militante activo para “tachos”, nem para ver se ganham as eleições. Voto na CDU por ser a única alternativa de ruptura e de mudança das políticas desastrosas de que Portugal tem sido alvo. Voto na CDU e sou apoiante e militante activo a fim de contribuir para o combate a todas as ofensivas imperialistas, capitalistas, fascistas, reaccionárias, de direita, que existam no nosso país. Não existem salvadores da pátria, nem nunca existiram; mas a CDU é a única e verdadeira solução para um Portugal com futuro!
Contra os protestantes de Coimbra, e subscrevendo as palavras de Jerónimo de Sousa no comício lá realizado, não me calo nem nunca me calarei – seja em liberdade, seja na clandestinidade. E igualmente contra eles, reprovo totalmente as atitudes preconceituosas e sectárias realizadas a propósito da pintura da escada monumental. Assim seja escrito, assim seja feito.
Fernando Barbosa Ribeiro
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