"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

quinta-feira, 11 de julho de 2013

POVO PORTUGUÊS: UNE-TE E LUTA POR ABRIL E POR PORTUGAL!



 

Despoletou novo protesto na Assembleia da República, exigindo a demissão do actual (Des)Governo. Igualmente, percebe-se a (justa!) acusação de o mesmo ser fascista, com palavras de ordem como “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”.

Caro leitor: há dois dias, revi o documentário “A Hora da Liberdade” (transmitida em 1999 pela SIC), e re-ouvi aquele grande poeta que foi Ary dos Santos a declamar o seu “As Portas Que Abril Abriu”. Nunca me canso de os, respectivamente, ver e ouvir. E pensei: quando será que é criado, novamente é certo, um Movimento das Forças Armadas, um movimento do lado do Povo português e que pretenda reinstaurar as Conquistas de Abril, e que derrube contra esta Ditadura do Imperialismo? Eu considero que já devia encontrar-se criada!

A Presidente da Assembleia da República, bem como as bancadas do PPD/PSD, do CDS-PP e do PS, demonstrando mais uma vez a sua profunda ignorância e reafirmando o seu espírito fascista, veio, após tal protesto, sugerir a restrição do acesso às galerias do Parlamento – o que implicaria não só alterar as leis respeitantes à Assembleia da República, bem como, e mais preocupantemente, alterar a própria Constituição da República Portuguesa.

O Povo português tem de reafirmar a quem pertence de facto o poder nacional desde a Revolução de Abril: é ao Povo português!
Relembro ao caro leitor o preâmbulo da Constituição: “A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.
A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.”

Sublinho algumas partes, que volto a citar: “uma Constituição que corresponde às aspirações do país”, “defender a independência nacional”, “garantir os direitos fundamentais dos cidadãos”, “estabelecer os princípios basilares da democracia”, “assegurar o primado do Estado de Direito democrático”, “abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno”. Todas estas características traduzem o que desde 25 de Novembro de 1975, e em especial destaque os actuais (Des)Governo e Presidente da Assembleia da República, não fazem e recusam-se a fazer. Estipula o artigo 147º da Lei Fundamental que “A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses” – não é isso que se vê em vigor. Portanto, e revendo-me nos manifestantes, bem como nas posições do Partido Comunista Português, afirmo que está na hora de ELEIÇÕES ANTECIPADAS e de exigir a DEMISSÃO DO GOVERNO já!

Pelo artigo 127º do mesmo diploma legal, o Presidente da República jura, na sua tomada de posse, o seguinte: “Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. Efectivamente, Cavaco Silva não o fez nem o fará nunca. Reafirmo, também para a Presidência da República: ELEIÇÕES JÁ!

Passo, por fim, a citar o artigo 195º da Constituição, cuja epígrafe é “Demissão do Governo”:
“1. Implicam a demissão do Governo:
    a) O início de nova legislatura;
    b) A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro;
    c) A morte ou a impossibilidade física duradoura do Primeiro-Ministro;
    d) A rejeição do programa do Governo;
    e) A não aprovação de uma moção de confiança;
    f) A aprovação de uma moção de censura por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções.
2. O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado.”

Pois não está, Senhor Presidente da República, mais do que na hora de demitir este Governo? Pelos vistos, só TODO O POVO PORTUGUÊS é que concorda!

Caro leitor: está mais do que na hora de Lutar incansavelmente e até ao fim contra a actual Ditadura do Imperialismo. Está mais do que na hora de reconquistar Abril. Está mais do que na hora, enfim, de implantar uma verdadeira Democracia, uma política Patriótica, Democrática e de Esquerda! 25 DE ABRIL SEMPRE, FASCISMO NUNCA MAIS!!!

Fernando Barbosa Ribeiro

Post-Scriptum: conferir, também, a seguinte notícia e respectivo vídeo da TVI, sobre o protesto de hoje na Assembleia da República e sobre as palavras anti-Democráticas e Fascizantes da Presidente da Assembleia da República: http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13916052/1?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+iol%2Fdiario+%28IOL+Di%C3%A1rio+-+%C3%9Altima+Hora%29.

Sem comentários:

Enviar um comentário