"O QUE FAZEMOS POR NÓS PRÓPRIOS MORRE CONNOSCO, MAS O QUE FAZEMOS PELOS OUTROS E PELO MUNDO PERMANECE. E É IMORTAL." (ALBERT PINE)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)

Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura - Pinhel, Guarda)
A equipa de "ABYSSUS LUSITANIS - O Abismo de Portugal" apoia e procura auxiliar a divulgação e convidar os nossos leitores a visitar o Museu José Manuel Soares (Casa da Cultura), em Pinhel (Guarda).

domingo, 14 de julho de 2013

AINDA SOMOS MUITOS MIL PARA MANTER VIVO ABRIL!




É oficial: chegámos ao cúmulo do ridículo! A senhora Presidente da Assembleia da República é idiota (também uma metáfora: traduza-se por “cheia de ideias”!) com todas as letras.

Esta senhora recordou-se, como o caro leitor deve ter reparado, de citar Simone de Beauvoir numa metáfora… mas que a “madame” ou é estúpida, ou não aprendeu Interpretação de Texto / Literatura nem História Mundial, ou estudou desde a 1ª classe através de equivalências! Pois quem enquadre contextualmente a obra de Simone de Beauvoir compreende, desde logo, quem são os “carrascos” – traduzo-lhe, “madame”: são os nazis, aquando da invasão do III Reich à França. Caso não saiba o que significa Reich por não ter estudado alemão, explico: traduz-se por Império. E caso não saiba numeração romana, explico: III é equivalente a terceiro ou 3º.

Vou, antes de mais, recorrer a uma “metáfora” para caracterizar esta senhora. Recorro a Almada-Negreiros (para quem não conhecer, trata-se de um excerto d’ “A Cena do Ódio”, de 1915, também escrito em França no decurso da Revolução de 14 de Maio): «Tu, que tens a mania das Invenções e das Descobertas, e que nunca descobriste que eras bruto, e que nunca inventaste a maneira de o não seres. Tu consegues ser cada vez mais besta e a este progresso chamas Civilização!»

Agora, coisas mais sérias. Já que o Povo português é carrasco, a “madame” é a guilhotina, pois quer cortar na Democracia. Mas antes disso, puxo eu (e quem quiser juntar-se a mim) a corda da forca, denunciando os crimes que todo este (Des)Governo (incluindo aqui a “madame”) cometeu até hoje – daquilo que é do conhecimento público (pois, sobre o resto, só poderia divagar e supor – e não gosto de falar sem certezas absolutas, como o caro leitor sabe).

A “madame”, ao usar esta “metáfora”, cometeu um crime de difamação, previsto e punido pelo artigo 180º do Código Penal, pois é do conhecimento do homem médio e/ou comum o verdadeiro contexto da citação empregue – logo, não há desculpas: a “madame” acusou o Povo português de ser nazi com todas as letras, sem justa causa possível. E dado que o fez com todos os meios de comunicação social presentes, além do cargo (político) que desempenha, a sua culpa e pena são agravados pelos artigos 183º e 184º do mesmo diploma legal (cuja epígrafe do artigo 183º é “publicidade e calúnia”). Pela proposta realizada pela “madame” sobre a limitação ao acesso das galerias (do Povo) da Assembleia da República, temos a prática dos crimes previstos nos artigos 325º e 326º do Código Penal – Alteração violenta do Estado de Direito e Incitamento à guerra civil ou à alteração violenta do Estado de Direito. Pois a Constituição da República Portuguesa define expressamente que a Democracia portuguesa é popular e participativa, logo a limitação do acesso às galerias da Assembleia da República constitui um atentado ao Estado de Direito Democrático.

Quanto ao Governo, temos os artigos 224º e 235º do Código Penal – respectivamente, Infidelidade e Administração Danosa, por serem autores e continuadores da crise económica e social em que o Povo vive. Quanto à quase-entrega do País ao estrangeiro (neste caso, à “Troika”), temos o artigo 308º do Código Penal – traição à Pátria, pois puseram em perigo a independência do país.

Mas descansem, meus senhores: o Povo ainda é composto por muitos mil para manter vivo Abril! Daí que presenteio o caro leitor com a excelente declamação do ímpar poema de Ary dos Santos, um dos imprescindíveis da nossa História.
“E AGORA NINGUÉM MAIS CERRA AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU!”

Fernando Barbosa Ribeiro



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